sexta-feira, 28 de maio de 2010

do início.. ou seria o meio?

“ e como se eu estivesse , enfim, chegado em casa...”
e mesmo após um segundo olhar pudesse perceber as janelas ainda fechadas,
resolvi me guiar pela fresta de luz da porta entreaberta. Entrei!
por um instante pensei poder Ir limpando calmamente as peças,
retirando o mofo pra deixar vir o brilho.
Me detive diante de lindo livro branco e pus a folhear linha por linha calmamente
ate agora posso senti-las nas pontas dos meus dedos.
Doce e suave leitura.
quieta espero que as janelas se abram também com a mesma calma.
Quieta espero que a casa acolha o viajante que viera noites e dias, chuva e sol fazer morada.
Encontrar pouso, plantar flores, pendurar na soleira os pés cansados
e deixar que venham os frutos ate que passe o inverno e outra vez chegue a primavera.

Thania Furbino
30 de setembro de 2008

Das antigas parte 1

IV
Ando com vontade de poesia
Saudade dela deslizando em minha veia
misturada ao sangue quente (como antigamente?) poesia obstruindo meus poros
cegando meus olhos
Ando com vontade de poesia
Vontade de comê-la
Bebê-la
Saudade de poesia...
poesia – cheiro
Poesia-lembrança
Poesia-rima
Poesia-toque
Ando com vontades!


Thania Furbino 21/05/2009