terça-feira, 14 de abril de 2009


AMOR E SEU TEMPO

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

C.D.A

2 comentários:

  1. Andei pensando muito nesta palavra/verbo durante a madrugada,
    amar?!
    lembrei da carta de paulo aos coríntios...
    só para raros,

    ResponderExcluir
  2. essas sao as palmeiras imperiais do jardim do mudo?

    ResponderExcluir