Ainda que mal
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 1 de novembro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
frêmitos . . .
SUGAR E SER SUGADO PELO AMOR
Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar o ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.
C.D.A
Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um o gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar o ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.
C.D.A
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
New York - 2011
Acabo de chegar de mais uma viagem a NY.
Não posso deixar de dizer o quanto tudo ali me encanta.
Desembarcamos num dia nublado de garoa fina e fria, dez dias pra matar saudades, perambular pelas ruas largas, tumultuadas e luminosas da cidade.
O sol resolveu colaborar e o clima ficou quase brasileiro!
A cidade de ninguém e ao mesmo tempo de todo o mundo encanta pelo excesso.
Cabelos extravagantes, gente de toda raça, roupa de toda cor. Pernas agitadas no sobe e desce dos metrôs. O tempo que não para, as informações que te chegam de todas as partes. New York é tudo muito demais!
Os que lá moram garantem que a cidade é um inferno, as pessoas são tacanhas e as coisas parecem ser o que na verdade não são. Mas mesmo assim não conseguem deixar a Big Apple.
Por via das dúvidas eu prefiro ser então só turista. E nessa tarefa me lambuzo.
Cada dia um prato novo, uma nova rua, uma nova cerveja, novos cheiros e sabores.
No primeiro dia fui logo matando saudade da boa culinária indiana. Como sei gostar daqueles temperos,da pimenta, do cheiro de sândalo impregnado nas lojas e em tudo que remete á índia.
Depois mexicano, tailandês, italiano, francês e por ai fui mundo afora!
Amo um pouco de cada lugar num lugar só. É uma experiência que mexe com os sentidos.
NY é também consumo, e x a g e r a d o ! Você gasta até seu último vintém. Aff.
Essa parte tenho que dizer .. cansa! No primeiro dia tem graça, depois fica chato demais carregar sacolas, dar conta das encomendas e dos presentinhos que precisam voltar na mala. Mas, como tudo é festa o jeito é relaxar e cumprir o que deve ser feito. E fica a promessa para o próximo ano ... Não aceito encomendas! Hehehe
Tenho que agradecer a Renata Furbino pela deliciosa companhia nessa aventura e a minha irmãzinha querida por quem tenho imenso amor e apreço! Toda vez que nos abraçamos cheias de saudade renovamos nosso carinho, amizade e respeito mútuo.
Rena e Lu , amo vocês !
NY eu volto logo ..
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Comer carne, um ato aparentemente banal, traz uma série de implicações para a saúde das pessoas, o meio ambiente e o bem-estar dos animais que muitas vezes nem passam pela cabeça de quem consome. Mas nem tudo está perdido... Ainda. informe-se e coma melhor
Quando compramos uma bandeja de carne no supermercado ou pedimos um inocente hambúrguer, pouca gente se dá conta de que ali está um pedaço de um animal. E que aquela refeição tem cada vez mais impacto no meio ambiente. Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podiam, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver. O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro Comer animais (ed. Rocco), em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto. Nas próximas páginas, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados. Não consegue, nem quer, viver sem carne? Tudo bem. Mas é bom que saiba o que isso significa. Para você e para o resto do planeta.
Angelo Christo/ Corbis/ Latinstock
Cérebro de porco
Considerados bichos inteligentes e sensíveis, os porcos têm um grau mais alto de autoconsciência e maior capacidade de interação do que certos humanos com lesões cerebrais ou em estado de senilidade.
Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.
Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.
Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarreia.
Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantém a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos.
Não é incomum porcos aguardando o abate terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.
Com 38 milhões desses animais, o Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.
Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.
A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.
De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobrou apenas um. Muitos cientistas preveem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.
Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.
1,4 bilhão de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).
Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.
Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.
A maioria do salmão que comemos vem da aquicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.
A pecuária é a causa número um das mudanças climáticas. Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gás estufa, 40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.
O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufa, principalmente por causa das queimadas e do desmatamento da Amazônia. A criação de bovinos é responsável por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.
O maior consumidor mundial de carne bovina são os Estados Unidos, seguidos de União Europeia e Brasil. Segundo o IBGE, cada brasileiro consome em média 34,7 quilos de carne bovina por ano.
Para produzir 1 quilo de carne de boi são necessários 15 mil litros de água. A produção de 1 quilo de arroz consome 3 mil litros de água.
Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, um gás com potencial de efeito estufa 20 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.
Produtores de ovos muitas vezes manipulam a comida e a luz a fim de aumentar a produtividade. O objetivo é reprogramar o relógio biológico das galinhas para que comecem a pôr os ovos mais cedo. Galinhas criadas em escala industrial põem mais de 300 ovos por ano – duas ou três vezes mais do que na natureza.
A maioria dos filhotes machos das galinhas poedeiras é destruída por não terem “valor comercial”. Boa parte dos pintinhos é sugada por canos até uma placa eletrificada. Outros são enviados para trituradores.
Na produção industrial, a galinha não é criada de forma livre – não pode andar, ciscar e reproduzir seu comportamento natural. Muitas vezes até quatro animais são colocados numa mesma gaiola de meio metro quadrado. O estresse do confinamento e da superlotação provoca o canibalismo. Para não correr o risco de uma galinha devorar a outra, os bicos são cortados desde cedo.
Assim como os porcos, aves criadas dessa forma industrial são focos para o aparecimento de novos vírus que podem infectar o homem.
As galinhas de antigamente tinham uma expectativa de vida de 15 a 20 anos, mas o frango de corte moderno é abatido em seis semanas.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China. Em 2009 foram abatidos 4,7 bilhões de frangos no país.
O QUE FAZER?
Se você não quer deixar de comer carne
Reduza o consumo. Comece aderindo à Segunda-feira sem carne (www.svb.org.br/segundasemcarne),que tem Paul McCartney como garoto-propaganda.
Dê preferência a carnes com certificado de bem-estar animal, como o do frango da marca Korin.
Prefira carne bovina orgânica, de bichos criados soltos e alimentados em pasto sem agrotóxico. Diversos supermercados comercializam esse tipo de produto. Pergunte ao gerente.
Consuma ovos caipiras, de galinhas criadas soltas e alimentadas com cereais orgânicos. A granja Yamaguishi é referência nesse tipo de criação.
Pressione os supermercados para exigir dos fornecedores um sistema de rastreamento que garanta que a carne vendida não venha de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia.
Escolha peixes com baixa concentração de mercúrio, como o salmão. Para ter uma idéia sobre os níveis de contaminação, consulte a tabela feita pela FDA: http://tinyurl.com/37m3r7r.
Quando compramos uma bandeja de carne no supermercado ou pedimos um inocente hambúrguer, pouca gente se dá conta de que ali está um pedaço de um animal. E que aquela refeição tem cada vez mais impacto no meio ambiente. Foi-se o tempo em que a maioria da carne vinha de fazendas onde os animais eram criados soltos e podiam, bem ou mal, viver como sua espécie deveria viver. O que comemos hoje na maior parte é fruto de uma criação em escala industrial, na qual os animais são geneticamente preparados, têm a mobilidade restrita em confinamentos superlotados e estressantes e recebem uma dieta carregada de aditivos. A produção, o tratamento e o abate muitas vezes são feitos de maneira cruel e dolorosa. Informações que passam bem longe de cardápios e rótulos. “A carne é uma indústria de US$ 140 bilhões anuais, que ocupa perto de um terço de todo o território do planeta, molda os ecossistemas do oceano e pode determinar o futuro do clima da Terra”, diz Jonathan Safran Foer no livro Comer animais (ed. Rocco), em que relata como funciona a produção da carne em escala industrial. Como muitos que decidiram explorar o assunto, virou vegetariano convicto. Nas próximas páginas, reunimos dados que mostram o que está por trás dos pedaços de animais oferecidos em restaurantes e supermercados. Não consegue, nem quer, viver sem carne? Tudo bem. Mas é bom que saiba o que isso significa. Para você e para o resto do planeta.
Angelo Christo/ Corbis/ Latinstock
Cérebro de porco
Considerados bichos inteligentes e sensíveis, os porcos têm um grau mais alto de autoconsciência e maior capacidade de interação do que certos humanos com lesões cerebrais ou em estado de senilidade.
Porcos têm linguagem. Com frequência atendem quando são chamados (pelos humanos e pelos outros porcos), gostam de brinquedos (e têm seus favoritos) e são capazes de jogar videogames com controles adaptados aos focinhos.
Porcos de granja normalmente são abatidos quando chegam a cerca de 100 kg. Se continuassem a viver, poderiam passar dos 350 kg.
Por conta própria, os leitões tendem a ser desmamados com cerca de 15 semanas, mas nas granjas industriais eles são desmamados com 15 dias. Com essa idade, não conseguem digerir direito comida sólida, por isso recebem remédios contra diarreia.
Uma série de antibióticos, hormônios e outros produtos farmacêuticos na comida dos animais mantém a maioria deles viva até o abate, a despeito das condições de higiene e confinamento em que são mantidos.
Não é incomum porcos aguardando o abate terem ataques cardíacos ou perderem a capacidade de se locomover.
Com 38 milhões desses animais, o Brasil é o quinto maior produtor de carne suína do mundo, atrás de China, EUA, Alemanha e Espanha.
Criações de Porcos em extremo confinamento são laboratórios ideais para o aparecimento de novos vírus que podem nos infectar. Infectologistas apontam que as criações intensivas de porcos e frangos são as mais perigosas fontes de vírus potencialmente letais aos humanos.
A pesca de atum provoca a morte de outras 145 espécies capturadas por acidente, incluindo baleias, tubarões, arraias e tartarugas. Para produzir cada prato de sushi de atum é necessário outro prato de 1,5 m de diâmetro para conter todos os animais que foram mortos “sem querer” durante a pesca.
De cada dez atuns, tubarões e outros grandes peixes que viviam nos oceanos há cem anos sobrou apenas um. Muitos cientistas preveem o colapso de todas as espécies - alvos de pesca em menos de 50 anos.
Antigamente os pescadores localizavam os cardumes de atum e então os puxavam no braço, um por um, com vara, linha e gancho. Hoje isso é passado, são usadas pesca de arrastão ou espinhel.
1,4 bilhão de anzóis são lançados por ano com espinhel (em cada um é usado como isca carne de peixe, lula ou golfinho).
Quase todos os peixes e frutos da pesca hoje contêm traços de mercúrio, metal tóxico que se acumula no organismo dos animais (humanos também) e pode afetar o sistema nervoso e causar demência. O risco varia de acordo com a quantidade e a espécie de peixe consumida.
Quanto maior o peixe e quanto mais tempo ele tiver de vida maiores são as chances de acumular o metal. Segundo a FDA (agência que controla alimentos e medicamentos dos EUA), tubarão, peixe-espada e cavalinha são espécies que devem ser evitadas.
A maioria do salmão que comemos vem da aquicultura. Uma fonte de problemas nessa atividade é a presença abundante de parasitas que prosperam em águas não correntes – em número 30 vezes maior do que o normal.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e possui o segundo maior rebanho, com 205 milhões de bois e vacas – mais do que um animal por habitante. O rebanho só fica atrás do da Índia, onde é proibido matar vacas.
A pecuária é a causa número um das mudanças climáticas. Estudos da ONU apontam que o setor é responsável por 18% das emissões de gás estufa, 40% a mais que todos os meios de transporte do mundo – carros, caminhões, trens e navios – juntos.
O Brasil é o quarto maior emissor mundial de gases de efeito estufa, principalmente por causa das queimadas e do desmatamento da Amazônia. A criação de bovinos é responsável por 80% do desmatamento da floresta brasileira, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Nos anos recentes, a cada 18 segundos 1 hectare da Amazônia foi convertido em pasto.
O maior consumidor mundial de carne bovina são os Estados Unidos, seguidos de União Europeia e Brasil. Segundo o IBGE, cada brasileiro consome em média 34,7 quilos de carne bovina por ano.
Para produzir 1 quilo de carne de boi são necessários 15 mil litros de água. A produção de 1 quilo de arroz consome 3 mil litros de água.
Por meio de arrotos e flatulências, o boi libera metano, um gás com potencial de efeito estufa 20 vezes maior do que o dióxido de carbono.
Um dos principais alvos de críticas dos grupos de defesa dos animais é a produção da vitela, a carne de bezerros. Sua maciez e brancura vêm do fato de que os animais são alimentados apenas com leite e criados em baias minúsculas, que os impedem de se locomover e criar músculos.
Produtores de ovos muitas vezes manipulam a comida e a luz a fim de aumentar a produtividade. O objetivo é reprogramar o relógio biológico das galinhas para que comecem a pôr os ovos mais cedo. Galinhas criadas em escala industrial põem mais de 300 ovos por ano – duas ou três vezes mais do que na natureza.
A maioria dos filhotes machos das galinhas poedeiras é destruída por não terem “valor comercial”. Boa parte dos pintinhos é sugada por canos até uma placa eletrificada. Outros são enviados para trituradores.
Na produção industrial, a galinha não é criada de forma livre – não pode andar, ciscar e reproduzir seu comportamento natural. Muitas vezes até quatro animais são colocados numa mesma gaiola de meio metro quadrado. O estresse do confinamento e da superlotação provoca o canibalismo. Para não correr o risco de uma galinha devorar a outra, os bicos são cortados desde cedo.
Assim como os porcos, aves criadas dessa forma industrial são focos para o aparecimento de novos vírus que podem infectar o homem.
As galinhas de antigamente tinham uma expectativa de vida de 15 a 20 anos, mas o frango de corte moderno é abatido em seis semanas.
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango, atrás dos EUA e da China. Em 2009 foram abatidos 4,7 bilhões de frangos no país.
O QUE FAZER?
Se você não quer deixar de comer carne
Reduza o consumo. Comece aderindo à Segunda-feira sem carne (www.svb.org.br/segundasemcarne),que tem Paul McCartney como garoto-propaganda.
Dê preferência a carnes com certificado de bem-estar animal, como o do frango da marca Korin.
Prefira carne bovina orgânica, de bichos criados soltos e alimentados em pasto sem agrotóxico. Diversos supermercados comercializam esse tipo de produto. Pergunte ao gerente.
Consuma ovos caipiras, de galinhas criadas soltas e alimentadas com cereais orgânicos. A granja Yamaguishi é referência nesse tipo de criação.
Pressione os supermercados para exigir dos fornecedores um sistema de rastreamento que garanta que a carne vendida não venha de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia.
Escolha peixes com baixa concentração de mercúrio, como o salmão. Para ter uma idéia sobre os níveis de contaminação, consulte a tabela feita pela FDA: http://tinyurl.com/37m3r7r.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Que todos nós possamos ser sábios neste dia
para segurar as mãos um do outro
e entender que nosso compromisso é divino
e por isso não temos que viver dualidade nenhuma.
Yogi Bhajan.
Feliz Aniversário professor, mestre.
Que o senhor continue iluminando a todos com sua sabedoria eterna
e que eu tenha força e coragem pra carregar todos esses ensinamentos.
Obrigada pela luz.
com imensa gratidão
Harkamal
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Eu sei que a gente ia ser feliz juntinho
Pra todo dia dividir carinho
Tenho certeza de que daria certo
Eu e você, você e eu por perto
Eu só queria ter o nosso cantinho
Meu corpo junto ao seu mais um pouquinho
Tenho certeza de que daria certo
Nós dois sozinhos num lugar deserto
Se você não quiser
Me viro como der
Mas se quiser me diga, por favor
Pois se você quiser
Me viro como for
Para que seja bom como já é
Eu sei que eu ia te fazer feliz
Dos pés até a ponta do nariz
Da beira da orelha ao fim do mundo
Sugando o sangue de cada segundo
Te dou um filho, te componho um hino
O que você quiser saber eu ensino
Te dou amor enquanto eu te amar
Prometo te deixar quando acabar
Se você não quiser
Me viro como der
Mas se quiser me diga, meu amor
Pois se você quiser
Me viro como for
Para que seja bom como já é
Arnaldo Antunes
Pra todo dia dividir carinho
Tenho certeza de que daria certo
Eu e você, você e eu por perto
Eu só queria ter o nosso cantinho
Meu corpo junto ao seu mais um pouquinho
Tenho certeza de que daria certo
Nós dois sozinhos num lugar deserto
Se você não quiser
Me viro como der
Mas se quiser me diga, por favor
Pois se você quiser
Me viro como for
Para que seja bom como já é
Eu sei que eu ia te fazer feliz
Dos pés até a ponta do nariz
Da beira da orelha ao fim do mundo
Sugando o sangue de cada segundo
Te dou um filho, te componho um hino
O que você quiser saber eu ensino
Te dou amor enquanto eu te amar
Prometo te deixar quando acabar
Se você não quiser
Me viro como der
Mas se quiser me diga, meu amor
Pois se você quiser
Me viro como for
Para que seja bom como já é
Arnaldo Antunes
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
"O valioso tempo dos maduros
(Mário de Andrade)
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
...
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!"
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Sob o chuveiro amar
Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,
ou na banheira amar, de água vestidos,
amor escorregante, foge, prende-se,
torna a fugir, água nos olhos, bocas,
dança, navegação, mergulho, chuva,
essa espuma nos ventres, a brancura
triangular do sexo -- é água, esperma,
é amor se esvaindo, ou nos tornamos fontes?
C.D.A
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Quando caminho pela rua lado a lado com você
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria
Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto escutar
As coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca
Quando me pedes por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
E me deixas louca
Me deixas louca
E quando escuto o som alegre do teu riso
Que me dá tanta alegria
Me deixas louca
Me deixas louca quando vejo mais um dia
Pouco a pouco entardecer
E chega a hora de ir pro quarto escutar
As coisas lindas que começas a dizer
Me deixas louca
Quando me pedes por favor que nossa lâmpada se apague
Me deixas louca
Quando transmites o calor de tuas mãos
Pro meu corpo que te espera
Me deixas louca
E quando sinto que teus braços se cruzaram em minhas costas
Desaparecem as palavras
Outros sons enchem o espaço
Você me abraça, a noite passa
E me deixas louca
quarta-feira, 9 de março de 2011
Don't Let Me Be Misunderstood
Baby, do you understand me now?
Sometimes I feel a little mad
But, don't you know that no one alive can always be an angel
When things go wrong I seem to be bad
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
If I seem edgy
I want you to know
That I never meant to take it out on you
Life has its problems
And I got my share
And that's one thing I never meant to do
'Cause I love you
Baby, don't you know I'm just human
And I've got faults like any other man
And sometimes I find myself, oh Lord, regretting
Some foolish thing, some foolish thing I've done
But I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Oh Lord, don't let me be misunderstood
Don't let me be, don't let me be misunderstood
Baby, don't you know I'm just human
And I've got thoughts like any other man
And sometimes I find myself, oh Lord, regretting
Some foolish thing, some foolish thing I've done
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Don't let me be, don't let me be misunderstood
Baby, sometimes I'm so carefree
With a joy that's hard to hide
And sometimes it seems that, all I have to do is worry
And then you're bound to see my other side
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Sometimes I feel a little mad
But, don't you know that no one alive can always be an angel
When things go wrong I seem to be bad
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
If I seem edgy
I want you to know
That I never meant to take it out on you
Life has its problems
And I got my share
And that's one thing I never meant to do
'Cause I love you
Baby, don't you know I'm just human
And I've got faults like any other man
And sometimes I find myself, oh Lord, regretting
Some foolish thing, some foolish thing I've done
But I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Oh Lord, don't let me be misunderstood
Don't let me be, don't let me be misunderstood
Baby, don't you know I'm just human
And I've got thoughts like any other man
And sometimes I find myself, oh Lord, regretting
Some foolish thing, some foolish thing I've done
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
Don't let me be, don't let me be misunderstood
Baby, sometimes I'm so carefree
With a joy that's hard to hide
And sometimes it seems that, all I have to do is worry
And then you're bound to see my other side
'Cause I'm just a soul whose intentions are good
Oh Lord, please don't let me be misunderstood
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A condicao poetica
como se tivesse em vez de olhos binóculos ao contrario, o mundo se distancia e pessoas, arvores, ruas, tudo diminui, mas nada, nada perde a clareza, fica mais denso.
Ja tive antes momentos assim, escrevendo poemas; conheço então a distancia, a contemplação desinteressada, sei assumir um eu que e nao - eu, mas agora e sempre assim e me pergunto o que significa isso, se entrei numa permanente condicao poetica.
As coisas difíceis antes, agora sao faceis, mas nao sinto desejo forte de transmiti -las por escrito.
So agora estou sadio, e era doente, porque o meu tempo galopava e afligia-me o medo do que viria. A cada momento o espetaculo do mundo e para mim de novo surpreendente e tao cômico que nao entendo como a literatura podia querer domina-lo.
Sentindo fisicamente, ao alcance da mao, cada momento amanso o sofrimento e nao suplico a Deus que queria afasta-lo de mim:
Por que o afastaria de mim se nao o afasta dos outros?
Sonhei que me encontrava numa estreita borda sobre o oceano onde se viam nadando enormes peixes marítimos.
Tive medo que se olhasse, cairia. Virei entao, agarrei-me nas asperezas da parede rochosa, e movendo-me lentamente, de costas para o mar, cheguei a um lugar seguro.
Eu era impaciente e irritava-me a perda de tempo com coisas triviais incluindo entre elas a faxina e a preparação da comida.
Agora corto com cuidado a cebola, espremo os limões, preparo varios tipos de molho. Czeslaw Milosz / A condicao poetica.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Obturação, é da amarela que eu ponho.
Pimenta e cravo,
mastigo à boca nua e me regalo.
Amor, tem que falar meu bem,
me dar caixa de música de presente,
conhecer vários tons pra uma palavra só.
Espírito, se for de Deus, eu adoro,
se for de homem, eu testo
com meus seis instrumentos.
Fico gostando ou perdôo.
Procuro Sol, porque sou bicho de corpo.
Sombra terei depois, a mais fria.
Adélia Prado
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
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